Pensando a partir da sofisticada mutabilidade da epistemologia Éwé – na qual conhecimento é mudança, respiro –, E’TOME não é um projeto ou conceito, mas sim um gingado impulsionado pela recusa e pelo infindável esforço em escutar de outras maneiras. Uma estrutura nômade, cosmopolítica e em constante flexão, embalada por curvas transflexíveis que expandem o tempo endógeno enquanto colapsam estruturas coloniais performativas, espaciais e temporais.
Nesse contexto, através das lentes da epistemologia Éwé e das sensibilidades e tecnicidades de ontologias não antropocêntricas, nas quais as habilidades de comunicação interespécies são caracterizadas por dinâmicas de movimento cíclicas e plurirrelacionais, diferentes investigações criativas foram abordadas como processos sociocomunicativos. E’TOME opera, assim, como uma estrutura diplomática côncava, em meio a negociações e encontros íntimos entre vibrações, pulsos e movimentos polirrítmicos, policêntricos e polidicêntricos – visíveis e invisíveis, humanas e extra-humanas.